A propósito da selecção de rugby

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A presença de atletas, clubes e selecções nacionais em acontecimentos desportivos internacionais, especialmente se conquistando resultados positivos, são um grande motivo de orgulho nacional. A bandeira nacional bamboleia nas mãos o hino nacional é calorosamente cantado o povo comove-se.

Nesse momento todos são portugueses. Não há pretos ou brancos, naturais ou naturalizados, esquerdas e direitas, ricos e pobres, patrões e empregados. É uma festa e uma emoção grande.

Sem ser particularmente efusivo não deixo de vibrar com a nossa participação nesses eventos. Afinal são portuguesas as minhas origens, onde se fixam os meus afectos, as minhas raízes, os acasos da minha vida.

O que a mim não me avistarão é a erguer a bandeira nacional ou a cantar o hino. Sou absolutamente contra a exaltação dos símbolos nacionais de forma exacerbada. E bastante comedido no que respeita a patriotismos. Para mim não há Portugal e os outros. Sou um homem do mundo sem fronteiras e respeitador das diferenças.

Tudo isto a propósito da exuberância com que os atletas do rugby entoaram o hino nacional, na campanha do mundial da modalidade, que manifestamente arrebatou o coração de muita gente.

Sem querer fazer conexão, os nossos neonazis expressam com a mesma alma estes arrebatamentos nacionalistas/patriotas.

Talvez por isso é que não alinho nestas manifestações de patriotismo frenético, excessivo, sublimado.

Tudo isto não deve esconder o meu respeito e estima, pela dedicação, o amor, a dedicação, com que os atletas (amadores, por sinal) com muito brilho, disputam este campeonato com as maiores potências do mundo na modalidade.