Os queques perderam a compostura.

Há dois anos, na sequência da derrota eleitoral, Paulo Portas abandonou o cargo de presidente do partido. Fê-lo de mote próprio. Depois do fracasso da governação PSD/CDS, Paulo Portas, saiu pela porta do cavalo, embora os comentadores políticos, descobrissem uma saída digna.

Paulo Portas afastou-se da ribalta política, intentando fazer esquecer o fracasso dos resultados eleitorais e as suas responsabilidades governativas e partidárias. Durante estes dois anos, não se sabe bem o que andou a fazer Paulo Portas. Assim de memória, retenho a intervenção semanal no espaço televisivo da SIC Notícias e um ou outro artigo na imprensa.

O retiro sabático de dois anos, não serviu para nada de importante. Paulo Portas neste tempo, não pensou a política, não produziu nenhuma tese, não escreveu um livro, não expôs um testemunho político, não contribuiu para o esclarecimento político.

Neste fim-de-semana caíram algumas máscaras. Paulo Portas não é um líder, não é um político, não é um homem de Estado, não é um homem de projecto e causas. Paulo Portas é o menino do bibe, o menino fascinado pelo seu encanto, é um filho da mamã, virado chefe dos outros meninos do copo de leite, do grupo dos escuteiros, armados em homens, conspiradores, trauliteiros, cães de fila do dono, que prepararam o assalto ao poder sem pudor, fazendo ressurgir do mesmo modo que desapareceu, numa manhã de nevoeiro, o D. Sebastião, à revelia dos estatutos e das decisões do congresso, almejando a coroação e a aclamação, antes do tempo e sem respeito pelas regras.

O que se passou neste fim-de-semana foi vergonhoso. Os meninos queques perderam a compostura. O CDS/PP é de há muito um partido de rapazinhos e de rapariguinhas de bem, sedentos de protagonismo e deslumbrados pelo poder que um dia o PSD lhes concedeu. O CDS/PP não existe. A direita democrática não tem representação política.

Desta selvajaria escapa a Maria José Nogueira Pinto, uma mulher de direita, mas respeitável.