A criminalidade

Há dois dias a cidade de Viana foi palco de um verdadeiro farwest com tiros cruzados entre polícias e assaltantes a uma ourivesaria e ao museu do ouro tradicional do mesmo proprietário. As lojas contíguas foram apanhadas no turbilhão dos disparos bem como alguns transeuntes, um assaltante e um polícia. Um dos transeuntes corre o risco de ficar paraplégico e o assaltante baleado está em estado de coma.

A ocorrência deu-se em pleno centro histórico, a meio da manhã e nas vésperas da reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros que decorre a cerca de trezentos metros do local dos assaltos e quando a cidade está pejada de forças policiais.

A resposta policial foi imediata, corajosa e parece ter sido a possível face às circunstâncias.

Não estou em condições de afirmar se os meios da polícia são os adequados para o combate a este tipo de criminalidade. Parece-me que mais do que o reforço do armamento e das forças policiais, se justifica o empenho na aplicação de programas coordenados de investigação, de acompanhamento de grupos tendencialmente perigosos, de empenho numa base de dados de delinquentes com cadastro, e de fortes políticas de prevenção, tenderão a diminuir este tipo de crimes.

A verdade é que a violência do assalto e o tiroteio abalaram a cidade, pouco habituada a perturbações desta índole.

Como é habitual o PSD e o CDS tentam fazer um aproveitamento destes acontecimentos para reclamar umas forças policiais armadas até aos dentes e fazer um baixo combate político.

Pela parte que me toca não gostaria de ver este país transformado num Estado policiado, à semelhança do que por estes dias se avista em Viana, por causa da reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros, com os polícias armados com metralhadoras e em cima dos edíficios.

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